Oh não! Eu fiquei obcecado por mais um conteúdo midiático audiovisual!

E lá vamos nós de novo…

Gui C de Souza
7 min readMay 31, 2018

Eu nunca fui muito apegado a filmes, séries, etc., até uns anos atrás. O jovem Guilherme só via TV aberta e YouTube. O tempo passou, quase parei de ver TV (ao menos num aparelho de TV) e eventualmente comecei a acompanhar filmes e séries; há uns anos eu nunca esperaria ver mais de dois filmes em cartaz no período de um ano.

Só que eu tenho um pequeno problema: eu me apego demais a algumas coisas que eu gosto. Não acontece com tudo, mas quando acontece, é uma loucura.

Provavelmente o primeiro caso que me ocorreu desses aí, foi com o CQC. Descobri em 2009, fiquei obcecado, não parava de falar, adolescente desgraçado, não sei como não perdi amigos (parando pra pensar, devo ter perdido sim).

Eu não vou me alongar muito sobre o CQC porque eu cheguei a fazer um vídeo sobre esse caso — nem lembro se é bom esse vídeo, mas só vou deixar linkado aqui porque tem um VFX no começo que eu gostei muito de ter feito (botei até no meu demo reel).

Essa obsessão ocorreu com outros produtos midiáticos: Jovem Nerd (e Gaveta), Doctor Who, e eu posso dar uma estendida até mesmo pra Overwatch, Last Week Tonight, e alguns stand-ups do Bo Burnham.

Aliás,

[ABRE PARÊNTESE]

enquanto eu pensava sobre esse ocorrido, me questionei porque dizemos obsessão pro substantivo mas obcecado pro adjetivo. Acontece que são palavras com origem diferente, mas significados bem parecidos.

“Obcecação” soa errado, né? E “obsesso” parece um problema médico.

Pior que essa história de serem duplas de palavras parecidas, mas usarmos uma palavra de uma dupla com a outra da outra dupla me lembrou Chaves: os episódios “Abre a Torneira” e “As Paredes de Gesso” têm duas partes cada, mas o SBT passava o “Abre” parte 1 junto com o “Paredes” parte 2, como se fossem uma única história. Seu Madruga começava com a tarefa de pintar a vila, mudava o episódio e tava lá ele rebocando as paredes no outro pátio.

SBT, né.

(Felizmente, com a compra dos inéditos que faltavam, em 2014, eles resolveram isso.)

Esse final é bem bacaninha.

[FECHA PARÊNTESE]

Voltando às obsessões: Chaves, CQC, Jovem Nerd, Doctor Who, Overwatch, Last Week Tonight, Bo Burnham.

Ah, bota o Passa ou Repassa aí também; até passei a acordar “““cedo””” no domingo pra ver — pelo streaming do SBT, que é horrível mas é oficial (ou era, parece que desligaram, puta merd-­-

Quando eu passo a gostar de algo eu enrosco nessa merda de um jeito desgraçado. Depois de um tempo (longo) isso eventualmente esfria, mas puta vida, eu viro um porre. Só falo dessa coisa, tuíto desgraçadamente (foda-se a timeline dos outros né seu merda), enfim.

Entra em cena Brooklyn Nine-Nine.

Brooklyn Nine-Nine é uma comédia que se passa numa delegacia de Nova York. Os únicos atores que eu conhecia eram o Terry Crews (impossível não conhecer) e o Andy Samberg (por razões erradas; já explico). Alguns amigos meus e pessoas que sigo no Twitter adoram a série, viviam exaltando ela como comédia atual, postando gifs e os caraio.

Lá pela metade de maio, a Fox anunciou que Brooklyn Nine-Nine seria cancelada, em sua quinta temporada.

Caos na TL do Twitter.
Todo mundo em choque.

Antes da notícia do cancelamento eu tinha assistido um episódio na Netflix. Achei bacana, mas não prossegui. No dia do cancelamento até fui um pouco filho da puta perguntando qual era a audiência:

Que filho da puta com seus amigos órfãos da série, hein?

Aliás, isso é relativamente recorrente comigo, acho. Demoro pra ver a parada, eventualmente dou uma zoada e acidentalmente fico obcecado quando me envolvo. “Quem desdenha quer comprar”, diria um ditado.

Enfim, no final das contas a NBC salvou Brooklyn Nine-Nine do cancelamento. A mesma NBC de Saturday Night Live, The Office, Community, Parks and Recreation, etc. (séries essas que eu ainda pretendo ver)

Comecei a ver B99. 20 minutos por episódio, tem na Netflix (as quatro primeiras temporadas), de boaça. Comecei a ver um episódio por janta.

Três episódios depois, já tinha me apegado aos personagens. Fudeu.

Hoje, 30 de maio, já vi até o episódio 15 da 4ª temporada. Parece que aconteceu de novo hein sr. Guicidasousas (© Pai Troll)…

Enfim, essa porra tá me consumindo. Infelizmente já afetou até meu trabalho (em casa, né; obviamente eu não assisto série no trabalho — imagina que desgraça: eu sou pago pra dar aula e fico vendo série).

Mas é maravilhosa. Todos os personagens são sensacionais, as histórias são muito bem feitas, tem um ritmo bacana, os atores são ótimos, e eu só não faço elogios mais específicos porque meu cérebro fritou de tanto ver sucessivamente. Os detalhes todos dos episódios foram embora; com certeza quando eu acabar a 5ª temporada eu vou rever à exaustão as cenas compiladas no YouTube pra relembrar algumas coisas mais específicas.

Como alguns amigos próximos meus também estão vendo (alguns emparelhados comigo e outros lá atrás, porque têm uma vida), eu evito comentar detalhes na timeline. Um ou outro print aqui e ali (porque é um saco tirar print da Netflix, sempre aparece a barra de tempo, tem que ficar acertando o timing do Print Screen) e pouco mais que isso.

Aliás, falando da Netflix, as legendas de alguns episódios são todas cagadas, infelizmente. Trechos mal traduzidos do espanhol (“primero”, “cuarto”), traduções erradas (“earlier” virando “mais tarde”; “stronger” virando “mais fraco”). Uma pena. Volta e meia dou rant no Twitter e reporto pra Netflix, espero que corrijam.

Enfim, acontece que essa obsessão tá longe de acabar. Eu ainda nem tô vendo muitas entrevistas dos atores pra evitar spoilers (mas já levei uns por ser burro, tipo vendo o artigo da série na Wikipédia — o que poderia dar errado?).

Quer dizer, algumas entrevistas eu vejo, em especial as do Andy Samberg.

Ele geralmente é apresentado como o protagonista de Brooklyn Nine-Nine, apesar de não ser bem verdade (todo mundo tem um papel equivalente), mas é ele que aparece por primeiro nos créditos, etc.

E eu vi ele na série e fiquei “eu já vi coisa desse cara, por que ele me remete a American Pie????”. (Eu sou retardado. De onde caralhos eu tirei American Pie?) Enfim, comecei a procurar coisa dele.

Off-topic: esse desgraçado faz 40 anos em agosto desse ano.
40 anos.
Olha a cara desse filho da puta.

Que homem bonito. Ele sugou a energia vital de alguém, não é possível. (Chuto que tenha sido do Adam Sandler, o cara tá um bagaço.)

Enfim, o que eu descobri nesses últimos dias é que o Andy Samberg fez coisa pra cacete que eu conheço indiretamente na internet.

  • Aquele meme do “mmm whatcha say”? Culpa dele.
  • Aquela fala “pussy out!” que o Rik usava nas edições quando algo remetia à expressão “like a boss”, e que eu entendia “pussy yeah!” (obrigado Genius)? Coisa dele.
“Meu Deus, meu Deus! O Andy Samberg tá comendo o cu do peixe gigante!” — “A Forma da Água” (Guillermo del Toro, 2017.)
Eu sequer lembro qual foi a primeira vez que eu soube desse meme. Nunca tinha visto o vídeo ou ouvido a música, até onde me lembro.

Ele, junto com a banda dele, The Lonely Island, são responsáveis por tudo isso, na época em que ele participava do Saturday Night Live fazendo os “SNL Digital Shorts”.

Eu ia descobrindo essas coisas e ficando chocado.

Hora de subir um nível: comecei até a procurar alguns esquetes do SNL da época dele. Não fui muito longe: a maioria dos vídeos oficiais são bloqueados por localidade.

Porra, NBC. (Eu não tô tão obcecado a ponto de usar um VPN pra ver essas esquetes.)

Eu já tava tão perdido nessa loucura que até lembrei do SNL Brasil, aquele desastre. O programa original tá na 43ª temporada, o nosso durou ½.

Aliás, fica aqui um questionamento: em que emissora um formato histórico como o SNL se encaixaria direito?

  • Globo não tem cara que compraria formato gringo assim, e eles já têm o Zorra
  • Record talvez não desse liberdade
  • SBT poderia até dar liberdade mas o horário seria uma incógnita e qualquer caganeira do Silvio o programa era cancelado
  • Band ninguém assiste e se assistisse iam saturar que nem fazem com o Masterchef

É, sobrou pra RedeTV! mesmo, pena que deu errado.

Inclusive fui até rever um pouco da estreia esses dias.

O que era essa esquete, meu Deus?

Enfim. O fato é que ainda tem coisa pra ver de B99, tem a 6ª temporada por vir, eu vou ficar obcecado mais ainda, vou procurar mais coisa do Andy Samberg e do Lonely Island, vou começar a ver as entrevistas do elenco e etc. etc. etc.

Em um ano eu devo aquietar o facho…

Até descobrir outra coisa pra encasquetar…

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Melhor eu não passar perto de nenhum K-pop.

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Gui C de Souza

Protoprofessor de Química e pseudoeditor de vídeo que arrisca uns motion graphics.